Jogos de azar e cassinos ganham força no Brasil

Jogos de azar e cassinos ganham força no Brasil

Os Cassinos, ainda proibidos no país em sua maioria, são uma grande fonte de discussão no Brasil. Líderes do governo, juntamente com o presidente Jair Bolsonaro, tendem a construir um projeto de lei que possa liberar estas atividades em breve.

A CRISE ABSURDA QUE O BRASIL ENFRENTA

As últimas eleições para presidente da República, aconteceram no Brasil no ano de 2018. Talvez tenha sido uma das maiores disputas para o cargo, entre candidatos que eram totalmente contrários ideologicamente um do outro.

O país foi praticamente dividido em dois, entre aqueles que defendiam uma mudança de ideologia, e aqueles que abominavam aquele que iria trazer esta mudança, mais do que a mudança em si.
Convenhamos que o Brasil não é uma potência política, e principalmente econômica. Escândalos de corrupção e desvios milionários dos cofres públicos vieram à tona nas últimas duas décadas, e o Brasil foi ficando cada vez mais fragilizado.

Feito esta pequena introdução, chego a parte da pandemia, que parece custar ao Brasil um preço maior do que para a maioria das potências mundiais. Talvez porque tenhamos um governo desequilibrado, tumultuado, e com mistérios ainda a descobrir. Mas o fato é que não temos um líder apaziguador no momento, e a turbulência só tem aumentado.

Falando de números, o Brasil sofreu a maior queda no PIB desde 1901, e a tendência é piorar. O Ministério da Economia estimou que a cada semana de isolamento, o país fica impedido de produzir cerca de 20 bilhões de reais em riquezas.

Além disso, com a pandemia, os altos custos para combate à doença acabam agravando o péssimo estado da economia brasileira, ao qual tem de desprender bilhões (devidamente) para a área da saúde.

Ainda, com a ordem do fechamento da grande maioria dos estabelecimentos empregatícios no Brasil, muitas pessoas estão sendo demitidas ou então, tem seus salários pagos parcialmente, ou até mesmo não estão a receber.

A soma de desempregados e autônomos é altíssima. Segundo estudos recentes, o país soma quase 13 milhões de desempregados e 24 milhões de trabalhadores autônomos. Com isto, o governo federal liberou um auxílio emergencial para a população de 600 reais, que fará o déficit chegar na casa dos 600 bilhões de reais.

COM ISTO, GANHA FORÇA OS CASSINOS E JOGOS DE AZAR

Lá em 2018, já era um plano do atual governo, expandir as opções de arrecadação do país com negócios “alternativos”. Se especulou a liberação de cassinos e jogos de azar, mas a bancada mais conservadora do governo então eleito, ainda era resistente.

Lobistas tentam influenciar o presidente, com o maior argumento de um salto gigantesco no número de arrecadação. O filho mais velho de Jair Bolsonaro viajou até Las Vegas, Estados Unidos, para poder observar e discutir sobre o processo dos jogos no país norte-americano.

Segundo informações, os números apresentados pelo setor foram no mínimo sedutores. Estes números dão conta de uma arrecadação superior a 20 bilhões de reais, sem contar outros 7 bilhões em arrecadação com outorgas, concessões e licenças.

Ainda, o potencial de gerar empregos é muito alto, chegando a estimativa de 1,3 bilhão de novos empregos ofertados. Em um país que sofre com o desemprego e falta de recurso para a população, esta seria uma grande saída.

CASSINOS E JOGOS DE AZAR

O próprio presidente, Jair Bolsonaro, certa vez falou que cassinos no Brasil serviria para lavagem de dinheiro, e em uma fala mais retrograda, dizendo ter um potencial de destruir famílias.

Em relação a lavagem de dinheiro, eu não duvido nada, principalmente se tratando de Brasil. Já tivemos mostras de que muitos empresários daqui acabam por praticar atividades ilícitas, mas então, cabe ao governo ter medidas criteriosas e um controle rígido da prática no país.

O que não se pode é dispensar uma capacidade de alavancar a economia de um país à beira do precipício econômico, e negligenciar o potencial de empregar uma boa porcentagem da população.

O presidente não quer perder a condição de conservador, puxando seu viés político e ideológico para um conceito religioso e ainda pouco flexível. No entanto, a corda começa a apertar o seu pescoço, e a pressão aumenta, à medida que o seu governo vem se despedaçando e perdendo credibilidade, com as demissões e escândalos de suas declarações em meio à pandemia.

A expectativa é que o “centrão” possa ajudar nessa tarefa, muito por trocas de cargos políticos. Com isso, o projeto de lei deveria passar pela Câmara e Senado, antes de ser aprovado.

Se a bancada conservadora for um empecilho, outra alternativa é que se altere uma lei federal, e dê aos estados o poder de decidir a regulação dos jogos em seu território, em uma tentativa de se assemelhar ao que é feito nos Estados Unidos.

Esta novela ainda renderá bons capítulos, mas que com a urgência que nos cerca, deve ser decidida em breve, para evitar ainda mais consequências desastrosas no país.

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